NØMADA DØ ATLÂNTICØ

A Ilha:
A Ilha do Pico, criada por um conjunto de erupções vulcânicas, é naturalmente dominada pela rocha preta, basáltica. Todavia, a tenra idade geológica da Ilha, cerca de 300000 anos, faz com que a rocha mãe ainda não se tenha degradado o suficiente para que a terra seja totalmente arável. Porém, de modo a contornar este fator limitante, as videiras foram plantadas em fendas e em alguns casos foi trazida, por via marítima, terra da Ilha do Faial.
As mesmas pedras basálticas que impossibilitaram grande parte da agricultura, foram utilizadas para a construção de currais labirínticos, de modo a proteger as videiras do sal trazido pelos ventos oceânicos
O ano de 2022 foi caracterizado por um inverno rigoroso, com várias tempestades e chuvas intensas. A Primeira, apesar de amena, trouxe fortes tempestades em Maio e no início de Junho, com nevoeiros persistentes e alguma água salgada na vinha, resultando numa grande quebra de produção. O Verão foi relativamente ensolarado com temperaturas amenas intercaladas por episódios ocasionais de precipitação.
O Ano:
A Casta:
O Arinto dos Açores é uma das três castas tradicionais na Ilha do Pico juntamente com o Verdelho e o Terrantez do Pico. É a casta mais abundante e que melhor se dá na Ilha. Apesar do nome, o Arinto dos Açores é uma casta que nada tem a ver com o Arinto do continente. A sua origem permanece um enigma mas recentes estudos evidenciam para que seja descendente do Verdelho.
O Vinho:
Vinificado a partir de uvas da casta Arinto dos Açores provenientes do lajido da Criação Velha, Património Mundial da Unesco. A vinificação foi feita em cubas de Inox com estágio de 10 meses em depósitos “sempre-cheio” seguidos de 6 meses em garrafa. Um vinho fresco marcado por uma acidez elevada e mineralidade acentuada. O sal oceanico encontra-se igualmente presente.
Dados Laboratoriais:
Título Alcoométrico Volúmico Total (%vol): 13,10
Acidez Total (g. ácido tartárico /L): 5,93
Acidez Volátil (g. ácido acético /L): 0,36
Açúcares Totais (g /L): 3,45
