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Ilha do Pico

O descobrimento dos Açores tem sido um dos problemas mais controversos da história das navegações portuguesas. Existem várias teses que se conhecem a seu respeito, no entanto a verdade permanece envolta de mistério. Porém, no que toca ao povoamento do arquipélago, os historiadores encontram um consenso confirmado pela famosa Carta Régia de 2 de Julho de 1439.

Foi pouco depois que a cultura da vinha na Ilha do Pico começou. Graças ao solo vulcânico, ao clima característico e às encostas protegidas do vento por muros de pedra áspera e escura, as vinhas, da casta Verdelho, conseguiram encontrar na ilha as condições necessárias à maturação.

Estes terrenos, que deram origem à paisagem única da vinha da ilha do Pico, são compostos por um misto de natureza e práticas culturais ancestrais. São o maior exemplo da arte de parcelar a terra. Estas vinhas, plantadas em chão de lava, são enquadradas por apertadas paredes de pedra solta, chamadas de “currais”, que as protegem do vento marítimo mas deixam entrar o sol necessário à sua maturação. Esta prática foi classificada em 2004 como Património da Humanidade pela UNESCO.

As profundas raízes culturais que trazem à vida o Vinho do Pico, assim como toda a identidade açoriana, são aquilo que nos levou a fazer do Pico a primeira paisagem da coleção NØMADA

Foi nesta mesma ilha, perdida no oceano Atlântico, que não só presenciámos como participámos em todos os processos da vinificação. Da recessão da uva na adega, ao engarrafamento da primeira garrafa NØMADA.

Diário de vindima

Após ter partido em busca de experiências autênticas, encontrei aqui uma comunidade de 250 associados, cada um contribuindo com as suas melhores uvas anualmente para criar os vinhos mais variados e distintos. Mulheres, homens e famílias que se dedicam com paixão à arte secular de cultivar a vinha e produzir as uvas que tornam os seus vinhos únicos.

Ao explorar este lugar, aprendi sobre a resistência contra adversidades, o rechaço ao facilitismo e a valorização do conhecimento geracional. Cada vinha conta uma história, e cada uva carrega consigo a tradição preservada ao longo do tempo.

Esta jornada está apenas a começar, mas a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico será sempre a minha casa na ilha onde Portugal atinge a sua maior grandeza: 2351 metros e um povo especial. As garrafas que enchi aqui não são apenas vinho; são garrafas cheias de experiências partilhadas que refletem o terroir, as pessoas e a história desta ilha única.

 

   NØMADA

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Na vindima de 2022, embarquei numa jornada única, uma experiência que ficará gravada na minha memória como o ponto de partida das minhas aventuras. A Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico tornou-se o meu primeiro destino, e a cada passo que dou nesta terra singular, sinto a riqueza da história que se desdobra diante de mim.

Foi em 1949 que esta cooperativa nasceu do esforço coletivo dos produtores locais, dedicados a recuperar as castas nobres e a cultura ancestral da vinha em currais de pedra. As paisagens que testemunho hoje, classificadas como Património Mundial pela UNESCO, são o resultado desse empenho incansável.

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